terça-feira, 11 de novembro de 2008

Você me ama ?

Hoje chove, e eu penso que o longe já podia estar perto e mudar um pouco essa inerte vidinha medíocre.
As pessoas vão mudando, e os lugares ficando cada vez mais apertados. Larguei alguns vícios, na esperança do meu peito diminuir. Pensei ser fumaça, essa dor comprimida de anos.
Os copos agora vazios, em cima daquela enorme, distante mesa. O quarto é branco, e o vento ecoa baixinho, querendo dizer não sei ainda o que.
De repente, me levanto, e sinto meu corpo mais pesado do que de costume. E que costume. Ando por aí comendo tantas besteiras, pessoas.. Minha roupa mal passada, nem me lembro quando foi a ultima vez em que a troquei. Meus sapatos amarelos, eu já não sei amarrar meus cadarços sozinha.
Vou pra sala, por esse corredor que não sabe quantas pessoas viu. Com esses quadros de aparência Monalisa(?) na parede. Não esboçam felicidade. Não esboçam. São nada.
O final do corredor vai aproximando, bem devagar. . por que ando tão lento, desde os ultimos acontecidos? Meus pés agora são, chumbo.
Chego ao final do corredor, com um sorriso baixo e irônico, o rosto cabisbaixo. Veja como eu sou feliz! Como as coisas deram certo. Como a casa anda cheia. Quanto espaço.
Meu sofá me espera. Meu livro ainda na mesinha da sala, aberto naquele verso. Naquele maldito verso que eu não consigo entender. Acho que é saudade. As vezes acho que é solidão.
Sento no sofá. Ele ainda é confortável. E, que incrível, uma coisa em minha vida ainda é confortável.
Ass: o móvel².

Um comentário:

Anônimo disse...

voce nao escreve nada *-*
e eu nao te amo *-*
e você é tão feia *-*