terça-feira, 25 de novembro de 2008

Os incoerentes

O mau hábito da plena sinceridade, carrega consigo o veneno da indiferença. Olhai aos lados e espreitai os caminhos fáceis. Viver de insegurança, congela os vínculos mais secretos.
Esperar a mão que afaga, e reviver os ruídos da dor, elevei-nos, aos súbitos modos, e nos forcemos os esboçados sorrisos. Mutilai, a vontade própria, e erguei o vinho da embriaguez, bebei para não mais sentir, e sentir o gosto do que bebeis.
Não zelo, pelo bom amigo, acolho, o insensato, corrijo os maus bandidos, devoto, os mais amargos. Do gole, ao simples bocejo. O alívio, do suspiro. O féu amargo e quente, do nada esbanjando colírio.
Querer não mais que poder. E poder, o que se quer. Igualar a mente ao corpo embora se andar a pé.
Quero ar, e respirar quem sabe, quero olhar e poder conduzir, e saber que dos males que tive, a nenhum deles me induzi.
Ass: o conformado.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Na base.

Reflexos mal enviados a um espelho quebrado, diferem a real forma que imaginamos ser. Olhos espreitam a miragem perfeita, enquanto de canto, observam os ladrões. Eles ainda esperam apontar direções.
Cegos no alto das torres, apontando os inimigos a vir. Ajeito um pouco a blusa. O nó eu afroxo. Quero ar hoje.
Vou pra guerra, espero os canhões abaterem meu terno mal passado. Com seus enormes disparos em direções inertes, frias, calculistas... Agora caminho a frente. O silencio vago do que eu não posso mais ouvir me ensurdece; acho que me acertaram. Estou meio zonzo ou isso é minha consciência me contrabalanceando nessa enorme guerra fria? Eu andei léguas e elas se parecem com quilômetros. Não tenho água, e meu vigor jovial (ha!)se fora. Sai fora!
Eu só me pergunto, onde foi que roubaram o barulho que eu ouvia e não me incomodava.
Em qual trincheira eu devo apartar. Em qual ocasião voltar atras. Em qual guerra, eu quiser escolher lutar.
Ass: O resgate do soldado ryan rs

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Você me ama ?

Hoje chove, e eu penso que o longe já podia estar perto e mudar um pouco essa inerte vidinha medíocre.
As pessoas vão mudando, e os lugares ficando cada vez mais apertados. Larguei alguns vícios, na esperança do meu peito diminuir. Pensei ser fumaça, essa dor comprimida de anos.
Os copos agora vazios, em cima daquela enorme, distante mesa. O quarto é branco, e o vento ecoa baixinho, querendo dizer não sei ainda o que.
De repente, me levanto, e sinto meu corpo mais pesado do que de costume. E que costume. Ando por aí comendo tantas besteiras, pessoas.. Minha roupa mal passada, nem me lembro quando foi a ultima vez em que a troquei. Meus sapatos amarelos, eu já não sei amarrar meus cadarços sozinha.
Vou pra sala, por esse corredor que não sabe quantas pessoas viu. Com esses quadros de aparência Monalisa(?) na parede. Não esboçam felicidade. Não esboçam. São nada.
O final do corredor vai aproximando, bem devagar. . por que ando tão lento, desde os ultimos acontecidos? Meus pés agora são, chumbo.
Chego ao final do corredor, com um sorriso baixo e irônico, o rosto cabisbaixo. Veja como eu sou feliz! Como as coisas deram certo. Como a casa anda cheia. Quanto espaço.
Meu sofá me espera. Meu livro ainda na mesinha da sala, aberto naquele verso. Naquele maldito verso que eu não consigo entender. Acho que é saudade. As vezes acho que é solidão.
Sento no sofá. Ele ainda é confortável. E, que incrível, uma coisa em minha vida ainda é confortável.
Ass: o móvel².