quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Conto inacabado.

O sonho de Catarina
Num tempo distante, muito distante, onde as coisas ainda aconteciam como que por magia...
Ao longe vem Catarina, linda... O peso não importa, ela usa saias longas, blusas soltas e sapatos decentes, o típico da época. Seu cabelo é lindo. Alto sabe? Flutua com o vento.
Uma brisa agora ressalta a beleza dos cabelos.
_Hoje é dia dois, e falta um pouco para o dia 28, no qual me casarei com o príncipe de meus sonhos, Amadeu. Que ainda não me deu.. o prazer de conhecê-lo, claro. - catarina exibe seu peito estufado de felicidade ao conceber tais comentários.
_Estou ansiosa, o nímio de garotos está se esvaindo. Sinto que terei de me casar com o primeiro que vier, se Amadeu, não 'der' certo. Ele tem um porte atraente, o que anda meio complicado com esse período de caça aos homens. Frequenta a missa, mas não é muito religioso. E desconfio de que tenha feito alguma macumba para mim. Como fui me apaixonar assim, por algo que nunca senti, toquei, vi ou vivenciei? Diz que vai se casar comigo...
Catarina fecha os olhos por segundos e se perde nos pensamentos. Num instante demasiado muito, paira sobre o enorme castelo de Amadeu, com torres enfeitando a entrada. Tudo digno de um rei. Espreita as entradas '_ Como assim, não me recebem com tapetes vermelhos !'- se exauta, resmungando. '_Nem os guardas veem me receber! Que enorme despeito!'.
Catarina não sabe o que ocorre. Um enorme vazio de flor, debanda seu pequeno coração, triste, galenteador, romantico. Leve...
_Amar não devia ser assim!- exclama aos ventos.
Mas como Catarina amara, tal homem que nunca viu? Como pode assim, sofrer sem ter o devido toque, e o balbúrdio de teu coração acelerado, expressando tal sentimento?
Acho que Catarina se perde mais do que se encontra, nesse sonho inusitado rumo ao amor de sua vida.
_Amadeu! Amadeu! - exibe seu forte pulmão galanteador, citado no início do texto. Mas só ouve o silêncio do nada absurdo, invadir a sala enorme e vazia. O teto parece intacto, sem se mover, e ela por instantes se ludbria com o alto valor das peças sobre os móveis. '_ Como tal casa, pode estar abandonada?'E ouve do fundo, do canto da sala, uma voz a persuadir ' _ Valor algum a submeteria a prender-se. ' Catarina se espanta, mas continua seu caminho na desbravada e solitária mansão.
Muito se conhece e pouco se sabe da casa de alguém, e na verdade ela não queria se sentir 'invadindo' um espaço que ainda não lhe era digno ou cabível.
Catarina reparou que entardecia, e a tarde no castelo era a coisa mais encantadora que seus olhos espreitavam em tal momento, e, em momentos pretéritos. Mais uma vez se nobreou e encharcou as mãos com a falta de conceitos e preceitos sobre o nobre moço. '_Nem por toda tarde!' A voz com exímio volume eis que ressurge. Catarina se espanta novamente, mas continua seu caminho. Os muros são altos, mas não a impedem de ouvir um certo barulho... uma valsa? Catarina se empolga; pode ser o baile! Então corre mais que depressa, galopeando em seus saltos , vestidos, roupas, largas, tal qual sua época pede, e exige, embora ela seja meio precoce ao tal século.
_Que diabos! Amadeu, mal me deparo com tua casa, e não me atendem. Que dispaltério! Como se redimes?
Amadeu não move um cílio, diante de tal multidão a dançar em teu baile, em tua casa.
_Catarina minha bela, estava a tua espera, pus meus homens aqui, para protegerem o baile, que sei no qual virias.
_Mandei pulir todas as taças do palácio. Meus súditos ainda lhe prepararam o jardim ao fim da tarde, para que ficasse entusiasmada com o brilho dos pássaros ao entardecer. O que mais deseja? Que lhe sirva meu nobre coração, que ele dance suas batidas, e entorpeça ao som dos passos de teus sapatos finos?
Catarina se sente ofendida, afinal , saíra de um sonho, atras do sonho de se casar.
_Esperava que me recebesse na porta, não me importa que prepares, o melhor almoço. As melhores peças e mais caros artefatos. 'Por valor algum me submeteria'. De que adiantou a ti o tal jardim ao entardecer, se não fostes tu a me apresentar tal maravilha? 'Nem por toda a tarde!' Nem por todo tudo.
O mundo de repente, treme. Sua visão se esvai. E Catarina acorda.
_É, realmente nunca vai ser o que eu esperar mesmo.
Catarina se levanta e recolhe os livros sob o qual tapou o sol. Queria mesmo era tapar o coração.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

E de volta ao tempo das cavernas

É estranho como certas pessoas tem um modo de pensar tão promíscuo, e pequeno, que tornam a convivência ao redor, massante, e incrivelmente depredada.
Relevando coisas tão fúteis e passageiras, e depredando as realmente necessárias.
Reflita.